Um amor para falar...

Cheiro de pele.
Pele bronze. Pesada em beleza.

Dura com os pobres mortais, sua suavidade imperava frente a tanto descaso estético alheio. Não que fosse impecavelmente bem vestida, mas sim porque tudo nela caia melhor. As coisas ganhavam lascívia em sua pele.

Tambores no peito.
Barulho ritmado. Coração gritando.

Sem saber o que havia acontecido, apoiava o queijo com as mãos. Tanto para disfarçar o movimento involuntário da boca se entreabrindo, quanto para sustentar o peso das caminhadas erradas pela vida. Pela enésima vez, tinha visto uma nova trilha para seguir, na silhueta feminina em frente a ele.

A leveza dos passos, daqueles que se preocupam com as formigas anônimas, encontrou todo o peso do mundo nos ombros carregados. O breve trocar de olhares, o sorriso tímido de um lado encontrou um sorriso farto de tentar esconder erros e vulnerabilidade. Era patente a validade daquele encontro.

E as coisas aconteceram do jeito que supostamente deveriam acontecer. E ele caiu perfeitamente nela. Estava usando ele.

E toda a lascívia foi dele por um momento.

Tudo e todos explodiram naquele momento.

Hoje, todo violino toca com uma corda a menos. A beleza não é mais tão real como antigamente e todo o peso do mundo se dissipou em escolhas acertadas.
As roupas não mais brilhavam como antigamente e nem a boca se abriu involuntariamente.

Como em um equilíbrio de detalhes, cada um levou uma parte daquele encontro consigo. Para nunca mais se encontrarem novamente.

Gosto de chumbo. Cinza.
Daquele sabor quase esquecido.
E a vida seguiu seu curso detestável de nunca gostar de pessoas imperfeitas em relacionamento perfeitos. De abominar o amor aleatório .

A vida ainda prefere amores controláveis.

O ciúme dela por algo mais belo é uma das coisas mais tirânicas que qualquer um de nós experimentará.

***

A imagem deste post: The Perfect Place by ~Empty-Can
Artista: http://empty-can.deviantart.com/

Para embalar uma boa semana...

Super show de bola...

Script.

Essas escolhas pensadas não dão muito certo, viu?
Aquela velha história de planejar as coisas em torno da caoticidade das pessoas e dos sentimentos. Tudo muito improvisado para ser base de coisas metódicas e seguras.

Desde que eu me propus a ver se acerto as coisas na minha nada (?) caótica vida (????????), as coisas ficaram insuportavelmente desprovidas de surpresas. De ligações improváveis no celular. Essa coisa toda de evitar sofrimentos e falhas acaba por neutralizar a possibilidade de boas coisas também, e nessa vibe de reinvenção de caráter e personalidade que toda mudança de cidade e de círculos de convívio nos trazem devem ser muito bem pensadas.

Não acredito que exista algo imutável no ser humano. Todo mundo é capaz e ao menos deveria buscar a supressão de seus grandes defeitos. Até mesmo aqueles que não são tão defeitos assim. Não no sentido de robotizar o ser humano, mas no sentido de melhorar-se para as pessoas que gosta. Tornar-se um indivíduo mais social.

Eu vejo pela internet afora um grande circo, cheio de palhaços, malabaristas e bailarinas. Mágicos da felicidade perpétua e da condição de SER feliz. Algo impossível de ser. Pessoas estão felizes. Afinal, o que seria dos bons momentos se não fossem os maus momentos? Como seria valorizar algo bom na constância perpétua de uma condição?

Piadas 9-fora, Zero.

Todo mundo tem o direito de ser vândalo virtual. Essa é toda a graça da rede. Não vou criticar a profusão gigantesca de humor outdated que tá assolando o facebook. Mas é muito palhaço para pouca platéia e algumas brincadeiras já perderam a graça. Inclusive aquelas que evidenciam nossa condição de povo alienado.

Um grande casseta-e-planeta virtual. Sem bussunda e sem graça nenhuma.

Pessoas buscam o equilíbrio virtual para suas vidas reais. Mulheres reclamam de amores perdidos, pessoas deprimidas acotovelam-se na vida alheia e na examinação das fotos de seus objetos de desejo. Frequentemente, outras pessoas.
E diminui a frieza do teclado. O formato quadrado do monitor. O olho imóvel da webcam.

Funciona para alguns, piora para outros. Surta uma minoria.
Mas o que seria da vida sem um surto? Sem o grito do "eu" interior arrebentando os grilhões sociais que a cada dia mais contribuem como nossas rugas, cansaço e desilusão?

Eu acho que todo mundo deveria surtar de vez em quando. Mandar alguém que nos limita para os cafundós do judas e sair bebendo cerveja feliz dançando uma música qualquer. Ou sentar em uma mesa de botequim sozinho e lembrar que momentos solitários também fazem bem. É o momento da conversa consigo mesmo.

No bar, muita gente realiza exatamente o oposto. Ao que parece, nem nós conseguimos nos suportar...

Cansei de frases da felicidade pronta. O grande divã online de frases anônimas com autorias inexistentes. É muita receita de felicidade para um planeta só, não parece? Pessoas felizes estão ocupadas exercendo em 100% sua condição de felizes. Sobra-se portanto, pouco espaço para tapa-buracos virtuais.

Para mim é uma excelente opção para economizar dinheiro. Um tanto enfadonha essa vida conectada a todo tempo. E o que deveria ser um passatempo, uma forma de manter-se disponível para os amigos de longas distâncias se torna protagonista de amores improváveis, amizades descartáveis e um hérculeo exercício de paciência.

Afinal, muita gente na internet é um verdadeiro pé no saco.

São somente as pessoas colocando os pingos dos is da forma mais simples. Da forma mais certa.
De imaginar que uma positividade poderia atrair boas coisas e boas pessoas. Bons momentos.

São somente as pessoas se prestando a seu papel efêmero. De baile de máscaras.
Muitas máscaras e muitas atitudes iguais professam o igual teor de desespero ante a um antagonista terrível. A solidão.

Planejar encontros, mascarar defeitos, idealizar pessoas ideais... fugir do que é real. Existir no fantástico mundo sem dor. Ignorar o aviso de validade, alertado em cada aniversário, em cada morte, em cada ano novo.

E esperar que o plano infalível aconteça. Como em um filme, aviso que infelizmente, existem poucos protagonistas. E muitos figurantes.

Dê valor as dificuldades. Enfrente os desafios mesmo sabendo que você pode ( e frequentemente vai) sair perdedor deles. Nada te garante o sucesso de seus sonhos ou o encontro com a pessoa ideal.

É como procurar por uma flor perfeita. É muito difícil de se encontrar, mas o simples fato de buscá-la já seria motivo suficiente para viver toda uma vida.

Um abraço.

***

A imagem deste post:cherry blossom by ~whatkatiedid
Artista: http://whatkatiedid.deviantart.com/

Loser.

Esses apanhados não tem nada além de vontade de falar alguma coisa sem saber exatamente como falar.
Seria como uma indireta muito, muito torta.

De tão torta, nunca vai acertar a quem realmente precisa.
Mas enfim. E daí?

Se palavras não servirem para exterminar a angústia e a urgência de fazer com que o peito consiga finalmente expurgar o que incomoda, então eu preferia ser mais um desses bárbaros.

Bárbaros funcionais.

Deve ser a décima vez que eu escuto esta música aqui.
Um barato a batida, mesmo sem querer dizer nada. Assim como muita coisa que a gente diz por letras, ou tenta dizer.

Sempre é tão impossível capturar todas as pessoas. Capturar todos os pontos de vista. Atenção é uma coisa muito foda de conseguir por letras. Prefiro a minha voz, sabe?

Enfim. Isso aqui é um Blog. E aqui não tem voz.

Soy un perdedor
I'm a loser baby, so why don't you kill me?

Acho que tenho a capacidade infinita de falar bobagens em qualquer hora do dia. Em qualquer momento da insônia.

Talvez eu até seja uma pessoa interessante, para se passar horas chatas. Só sei que gosto de cerveja e vinho.

Quem aportou por aqui para buscar alguma palavra contra alguma coisa.... acertou!
Eu sempre falo contra alguma coisa. Sem polêmica, não existe evolução. E é nessa idéia que as coisas aqui são escritas.

Não quero que concorde comigo, pô. Somente pense. Do seu jeito. É preciso absorver as idéias externas. É preciso descobrir outros prismas para uma existência até então sem objetivo.

E, por favor, sem dogmas. Sem preconceitos.

O mundo já está cheio desta porcaria.
A música que eu mencionei acima diz exatamente de TODOS NÓS.
Ou você nunca perdeu? És bom em tudo??

Todo mundo perde ou perdeu. É aquela conversa infinita... Quem ganha, nem suspeita que está perdendo de alguma forma ou de outra.

Ou se ganha dinheiro e se perde tempo com a família. Ou se ganha tempo com amigos e se perde dinheiro das boas oportunidades.

O absoluto mesmo é a troca.

Troca-se tempo por grana. Usa-se grana para ganhar tempo. Usa-se grana para ter beleza. Gasta-se grana para manter a juventude. A ignorância infantil não nos permite aproveitar a vida na essência, até que seja tarde demais.

É como acreditar em papai-noel.

É bacana demais imaginar alguém nos amando com tamanho desprendimento.

Só para acordar depois e descobrir que é uma mentira que nos faz tão bem.

Corta a conversa fiada. Para de perder seu tempo lendo sobre o que eu penso.
Prefiro gastar o seu tempo te mostrando a música.

Pode ter certeza que você não foi o único que cometeu terríveis erros.


A vida é rápida demais pra pensar em como poderia ter sido melhor, pô.


DESLIGUE TUDO. E vá viver.


Um abraço.

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A imagem deste post:beck by ~St-Jimmy420
Artista: http://st-jimmy420.deviantart.com/

O final do mundo.

O que me desespera é essa alienação.
Pessoas lutam pela manutenção da liberdade. Lutam pela libertação do homem. Homens são perseguidos, censurados, excluídos e transformados em párias.
E as pessoas seguem para frente. Sem se mobilizar. Porque é a única coisa que elas sabem fazer. Andar para frente. Sem se importar realmente com o que estão vendo. Mesmo se estiver estampado na rotineira vida.

A violência é tamanha e tão brutal.

A ganância dos poucos brutaliza a tudo que toca. A corrupção dos homens alimenta inúmeras chagas e cega o povo. Em uma passividade resoluta e silenciosa a nossa vida vai tomando cada vez mais o tom cinza do sepultamento da essência humana.
O que seria mais necessário do que a união dos povos? O que seria mais importante do que a luta contra a miséria, contra a escravidão e alienação do homem?

Existem aqueles que lutam uma batalha que deveria ser guerreada por todas as pessoas. E onde estão vocês? Não existe pedido para que se busque a violência das armas. Mas algo ainda maior. Pede-se o movimento. A saída da paralisia em que se encontra. Qualquer coisa é a sua arma. Sua batalha.

Uma foto opondo-se contra os absurdos cometidos pelos gananciosos. Acaso encontra-se em algum mundo decente? Tudo é bom e justo? Não acorda com um peso dentro do peito? O encontro de seus próprios olhos no espelho não te mostra nenhuma tristeza? Nenhum vazio se faz perceber face aos absurdos do mundo? Não os de hoje. Os absurdos de SEMPRE.

Se você já parou para pensar nas violências que acontecem em nosso planeta e já chorou de raiva, porque sabe que tudo é um grande jogo de ganhar dinheiro. Um grande jogo de possuir poder. E as pessoas estão sofrendo! AS PESSOAS ESTÃO SOFRENDO!
Convenceram a todos que é normal! NÃO!!!

Não existe nada de normal em condenar pessoas ao abandono. Não existe nada de normal em condenar crianças a uma vida breve e violenta. Não é NORMAL tanta opressão, tanta fome, tanta miséria. Não é normal tanto descaso.

Acaso pensam que estão todos parados? Que ninguém se ergue para defender os oprimidos?

Os corajosos estão a se mover. Estão a tentar alguma coisa. Alguns brigam para a manutenção da nossa já parca liberdade. Outros lutam para tentar livrar aos outros de sua alienação. E onde está você?

Não vê que essa luta é de TODOS nós?

A sua omissão é uma arma para a manutenção de todas as chagas. Liberte-se de tudo que te diz que é impossível. De tudo que te limita. Chegou a era dos homens! Não dê ouvidos a nada que te diminua. Fizeram isso durante todo seu tempo na escola. Você já escutou isso de todos os valentões e pessoas que tentaram calar a sua voz e a sua mente com violência. Abomine a violência tanto quanto abominou quando foi vítima dela.

Façamos que 2012 seja o final do mundo. O final do mundo da cobiça e da avareza. O final do mundo da violência e da pobreza. O final do mundo da brutalidade.



“Earth provides enough to satisfy every man's need, but not every man's greed”
~Mahatma Gandhi


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A imagem deste post:Greed by ~Stone100
Artista: http://stone100.deviantart.com/

Just another victim.

É de uma tristeza além da conta.
Viver em uma ilusão de liberdade. Viver em um eterno assalto. Sobreviver em um lugar tão verde e sempre tão deserto. Tão ingrata se tornou nossa terra ao se tornar servil a seus filhos.

Homens ímpios. De verdades tortas.
Usam de seus irmãos e irmãs. Seremos nós recursos naturais?
O planeta é devastado cada vez mais em prol de riqueza. Riqueza sem limites. Riqueza que tem como seus pilares a fome, desinformação, alienação, brutalidade, ignorância, hipocrisia e a escravidão.

Por favor, leiam. Procurem se informar. Libertem-se do pensamento enlatado. DESLIGUEM SUA TELEVISÃO.

A ameaça de acabar com mais uma liberdade do povo escancarou suas garras. A internet começa a ser censurada! E as pessoas estão preocupadas com tolices! Eu vejo pessoas desmoronando pela morosidade. As pessoas não confiam mais umas nas outras. Estão destruindo o conceito de humanidade! E falam de amenidades. Falam de diversão. É o carnaval eterno dos ignóbeis! Acorrentaram tão fundo a voz individual, massacraram durante tanto tempo as fagulhas da criatividade de nosso povo que nos tornaram zumbis.

As pessoas observam a vida rotineira como algo seguro. Como uma coisa a ser valorizada. E se distanciaram do poder renovador do caos. Da quebra de limites. Dos novos paradigmas!!!
As pessoas estão virando gado.

Por favor, vejam as obras de arte. Vejam as expressões populares. Leiam mais livros. Não desperdicem tanto do seu tempo em frente à televisão. Por favor, aproveitem disso agora. Pois a derrubada de um direito é a premissa para a queda de qualquer direito.

Aproveitem e tomem um bom banho. Usufruam de seus confortos. Comam alimentos frescos e frutas colhidas no pé. Pois a omissão perante a ganância será o convite para envilecer todos os homens. Até que todos nós sejamos estranhos. Para sempre.

Esqueçam de uma vez por todas, como assim fomos doutrinados, a escapar das coisas porque elas assim são. Adotem de uma vez o mote: “As coisas são assim” e abaixem para sempre suas cabeças. Desistam de seus amores e ideais de igualdade e justiça. ABANDONEM a esperança de desejar. Que seja para sempre eterna a satisfação do entretenimento barato. Este tempo JAMAIS irá retornar. E pessoas iram desejar ter erguido a sua voz perante aos inimigos do povo uma vez, antes de morrer.

E morrerão milhares de vezes antes de efetivamente serem enterradas, carregando o peso de sua omissão e os olhares de gerações perdidas pela pura falta de coragem.

Eu queria gritar para você acordar, destruir as coisas que te cegam e te obrigar a evoluir. Mas isso seria me tornar aquilo que combato. Eu só posso desejar com todas as minhas forças que estas palavras não sejam em vão. Só posso esperar com cada fibra do meu ser que você compreenda o que estão fazendo com a sua vida, a vida de tua pessoa amada, de teus filhos, de teus pais e de teus irmãos. Todos eles. Independente de qualquer coisa. Independente de qualquer ótica.

Este texto é um clamor pela indignação. Pela raiva.

Este texto é um chamado para a união. É uma súplica para o pensamento.

E antes que todas as vozes sejam caladas, que todas as coisas sejam consumidas e que, de fato, o mundo se torne apenas um deserto você finalmente se lembre de que a força sempre esteve em suas mãos.

Nós estamos somente separados.

Conto com você.
***
A imagem deste post: Don't be passive. by ~illegalpoet
Artista: http://illegalpoet.deviantart.com/

Não é necessária nem uma palavra a mais.

Aqui... nesta mesa de bar...

Mesa de bar.

Cerveja na mesa e muitas certezas. Certezas de carteirinha. Certezas pré-embriaguez. Certezas socialmente aceitas. Certezas.

Cerveja de bar.
Capacidade infinita de se multiplicar. Valor agregado contrário à poesia sem fim de boteco fim-de-noite. Brigas homéricas e tormentos marxistas acalentados entre um gole e outro.

Menina de boteco.
Tão feia ali no canto. Tão boca-torta ali no canto. O sorriso amplia de forma proporcional à cerveja que desce na mesa.
Amigo babaca.
Todo mundo sabe que é babaca. Mesmas piadas, mesmo timing. Mesma frustração escondida pela falta de um falo do tamanho de sua incapacidade. E assim vai.

Sucessivamente, pelas mesas dos bares.

Até que se encontre uma chata para o babaca, uma cerveja para o democrata e uma nova frustração para a devassa.
No caminho dos protagonistas não importa mesa de bar, ser profissão de poeta e nenhum professor será jamais um galã de novela. Não vale perder dente, nem pedir usar velhos modelos de penteado para festas contemporâneas.

Não é válido cantar mais Sepultura para os líderes da juventude.

O meu (nosso) antigo caminho de descobrir que realmente Soundgarden era uma coisa além da imaginação se perdeu na necessidade de uma aceitação maior. No acalento pacífico de um psicólogo bem aceito pela sociedade. Por uma educação militarmente eficaz em pacificar sonhos e rebeldia.

A mesa de bar resiste quando os famintos pelas músicas dos anos 90 ( e não consigo falar disso sem lembrar do meu incansável e visceral amigo Agnelli ) bradam por uma música que não fale de merdas cotidianas brasileiras. Com danças simiescas ou de outra espécie mutante que ainda está por vir.

A mesa de bar resiste na batida inconsciente do Elvis simulando uma bateria bem sincronizada do Slayer. Na fala louca do Vitor, reclamando que peidos não são tão revolucionários assim.

Fica na imagem da sinuca safada, de barbicha inconteste do Muamba. Na experiência do I-Doser com o Zé.

Na fala idiota do Foca. No fato do camarada ser capaz de fazer coisas sensacionais e ainda manter a mesma simplicidade ímpar. O sujeito faz falta.

A conversa mansa do Brotão. Divagações e a gratidão eterna de ter uma irmã linda como a Roberta... Sem comentários!!!

E todas as vezes que esses caras foram os melhores, a mesa de bar resiste.

Se nega a ser mais uma vadia vendida da televisão.

E com toda a sinceridade honesta da amizade de peito aberto ( ou torto, se falar do Zé...) eu dedico este post para os meus amigos.

Obrigado, moçada.
Por todas as vezes e por tudo.


A gente se encontra antes do fim do mundo.

Um abraço do Sem Nome.

***

A imagem deste post - The Pub by ~scheherazade
Artista - http://scheherazade.deviantart.com/

Blog... agoniza mais não morre... Alguém sempre te socorre, Antes do suspiro derradeiro. ¹

Pois é, moçada...
Meu antigo blog morreu.
E alguns amigos, bons amigos por sinal, vieram me perguntar o porquê de tal fatalidade. Bem, morreu porque tinha que morrer, porque dizia coisas com uma roupagem muito velha, porque dizia coisas que não precisavam alcançar status de lembrança perene. Morreu de velho, de doente, de marasmo. Morreu de marasmo pela fome da própria vontade de sentir algumas daquelas lembranças.
Morreu calado. Sem aquela frase de efeito derradeira. Não morreu como morriam os antigos escritores, com admiradores ao lado do leito fatídico, com escribas contemporâneos, anotando as últimas pérolas golfadas para uma homenagem póstuma.
Morreu como pobre.
Morreu como algo que não atingiu o seu objetivo. E como filho único e solteiro sem filhos, morreu levando as lembranças, levando os comentários, levando os planos e também seus projetos. Assim como alguém que morre com a agenda cheia. Compromissos perdidos, letras virtuais que nunca existiram em um papel de verdade.
E ele não irá renascer.
Sem escrituras. Sem retornar de sua cessação eterna.

O que se modificou no pensamento e na forma de expressão pessoal deste que aqui “fala”, precisa de algo novo, de novas óticas, de uma nova objetiva. O que virá por aqui será uma experiência que não utilizará de travas sociais, como a omissão de pensamentos em detrimento de aquela ou esta pessoa. Se algo me incomodar, certamente será exposta aqui. Se algo bonito tiver mérito de ser reescrito por mim, certamente também o será.

Espero ser merecedor dos meus leitores, anônimos até então. Espero também ganhar comentários quando existir uma compatibilidade de ideias. É uma forma sutil de não se sentir só nas percepções da vida, a meu ver.

E espero que aprecie este epitáfio de meu antigo blog.

Que de tão desafinado, perdeu seu emprego e morreu de fome.

Nem somente de letras é composta a fome de quem escreve.


Um grande abraço!

¹ - Lembrança do grande amigo Doctor. Sujeito de perspicácia ímpar e protagonista de excelentes cervejas e tiradas expontâneas a respeito da realidade ridícula brasileira. Um abraço, amigo.

***

A imagem deste post - Samba by ~FPortugal
Artista - http://fportugal.deviantart.com/

Ah... essa vida simples...

Pensamento bipolar.
Não aquela história de pessoas bipolares, nada a ver. Mas no sentido real da palavra:

bipolar
(bi- + polar)

adj. 2 g.

1. Que tem dois pólos.

2. Cuja concentração está em dois pólos ou posições opostas.

3. [Electricidade] Que tem bipolo.

4. [Geografia] Relativo aos dois pólos ou às duas regiões polares.

5. [Psiquiatria] Que tem uma perturbação de humor caracterizada por alternância entre estados depressivos e estados de excitação eufórica.

(Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=bipolar)

Então, dois pólos é a definição que vamos usar nesta "conversa". A vida brasileira está bipolar demais. Nas camadas menos favorecidas intelectualmente (apesar de achar que não preciso explicar, eu vou. Menos favorecidas intelectualmente, não quer dizer classe pobre. Os maiores idiotas do planeta Terra estão afundados em dinheiro e continuam a fazer as piores cagadas...) enfurnadas na vida televisionada ou pelas importantes vidas sociais internéticas(sic) vivem em uma eterna dualidade entre o SIM e o NÃO. É uma parada muito cabulosa.

MESMO.

O discurso desse tipo de pessoa, como você mesmo vai poder comprovar, se prestar atenção, limita-se ao uso excessivo do pronome EU. Em suas mais diversas formas, limita-se à esfera pessoal, restrita, egocêntrica e dotada de uma irremovível "viseira" de burro. E o negócio vai piorando a cada segundo que você começa a perceber que esta doença é uma coisa enraizada na sociedade. É aquele papinho de interior falando mal um do outro, contando caso e aumentando um dedo de prosa em cada conversa, da hipocrisia da negação e do fatal prejuízo que causa a todos os envolvidos nesta situação.

Bem, daí uma pessoa com um pensamento que não se limita à dualidade, que consegue compreender que nem sempre é necessário um início para existir um fim, que pensa que talvez (e muito provavelmente, por sinal...) as coisas estão todas erradas e caminhando em círculos em seus próprios erros e que tem a CORAGEM (meu amigo, um sujeito tentar falar para uma mesa de bar repleta de idiotas é umas 10.000 vezes pior do que falar para um estádio lotado de pessoas inteligentes... pelo menos, elas serão educadas o bastante para te deixar terminar de falar...) de expor idéias que fogem ao padrão, que quebram paradigmas e que buscam um novo entendimento de velhas idéias e coisas é IMPIEDOSAMENTE escrachado.

ISSO NO MÍNIMO.

Como se a inteligência ou a vontade de pensar por si só fosse um insulto absoluto! Amigos, a inteligência está virando um DEFEITO!!! Pelo menos para os incultos.

Na história inteira, exemplos de homens ( e mulheres também, é claro... digo isso porque uma amiga minha sempre briga comigo pq eu falei uma centena de vez(es) que as mulheres não inventaram nada para contribuir com a espécie humana... e vejamos... as máquinas de lavar, os limpadores de pára-brisas, a computação telefônica automatizada, o Liquid Paper, as fraldas descartáveis, o vidro que não reflete e o sutiã são alguns dos objetos que foram planejados por mulheres...) que desafiaram a "tirania" do usual, do padrão, do tétrico lugar-comum social para realizar as maiores revoluções no Planeta. Pô... será possível que não existe mais lugar para o humor inteligente? Será impossível uma cantada inteligente ser percebida atualmente? (Nem vou entrar nesse mérito... uma vez eu cantei uma guria que imaginei ser capaz de entender o que eu estava dizendo e ela me perguntou se eu era doido...). Ninguém joga mais xadrez tomando cerveja na praça???

O treco tá de doer ouvidos e olhos. Furúnculos auriculares sucessivos em festas (?) e shows (??????) são ovacionados como música de qualidade. Funk é moda. (PQP... isso é foda.) E o mulheril continua a valorizar a bunda. Porque cérebro que é bom, nada.

É uma estranha forma essa minha de pensar. Por exemplo, não coloco na categoria das coisas que eu não escuto como ruins. Não todas. E eu até deixo a mulherada escutar essas porcarias. Sei lá... acho que eu penso em tomar uma cerveja nessa hora e colocar o meu cérebro no "hibernar profundamente". ERA DO GELO CEREBRAL CHEGANDO.

Com todo o respeito... quer dizer... não tem como ter respeito com música que só fala de putaria e bunda. E toda hora tá tocando essas porcariadas.... Pô... nem sei mais o objetivo desse tanto de escritos...

Ah... Bipolaridade.

Como eu ia tentando dizer, tente prestar atenção no que se passa em tua volta. Até mesmo, em sua própria forma de levar uma conversa. Tente escapar do cíclo pessoal de pessoas. Procure outras conversas. Algo que seja mais abrangente... sem apelar... uma coisa que seja importante para um grupo pequeno de 50 pessoas, por exemplo.

Ah... e se prepare para ataques epiléticos, choques anafiláticos, paradas cardíacas, gritos histéricos e baba selvagem incontrolável quando tentar alterar a configuração padrão destas pessoas, hein??

Vai que elas descobrem que não estão sozinhas no mundo...

Pois é...


Aquele abraço!!!

***

A imagem deste post - Idiot Box by `BurlapZack
Artista - http://burlapzack.deviantart.com/

Coisa a tôa.

Então...

Tudo segue, tudo anda, mesmo quando o tempo para.

Mesmo quando a gente permanece imóvel.

E o que ficou para trás... ficou.E permanece. Permanece sendo passado. Sendo construções não terminadas, obras de arte sem aquela diva inspiradora.

Permanecem imutáveis e por mais que os olhos digam que algo mudou, que a fisionomia acrescenta mais alguns traços de maturidade ou que a vida conseguiu moldar ainda mais o caráter... a imagem derradeira do final do capítulo sempre permanece a mesma. Como em um filme, que se pausado no momento ideal, pudesse agregar sentimento, vida, razão e abstração do que o "eu" temporal recusa terminantemente a aceitar.

Aquele detalhe sórdido da vida de todo ser humano.Daquela constatação destruidora de egos, que é a capacidade de ser feliz sem alguém.Daquela sensação de ser capítulo terminado.De ser folha passada. Daquelas folhas que contém partes interessantes de um livro inteiro de histórias... mas serviram apenas por alguns momentos... e depois... nada mais além de lembranças.

De ser memória em cheiro. De ser memória em som. De saber que o brilho dos olhos passou um segundo antes da foto ser tirada. Sacramenta a memória como apenas... memória.

Não é de nada... coisa a tôa...

Mas é terrível descobrir que não se é mais parte essencial de alguém.

***

A imagem deste post - Writing... by ~bokka

Artista - http://bokka.deviantart.com/

Diligência, sabedoria e lógica.

Como alguns puderam ver, a postagem que acabou de ser lançada, acabou de ser excluída.
Não entrarei nos méritos da questão e me limito a dizer que foi uma dica preciosa, dada por uma pessoa igualmente preciosa e que julguei ser melhor não exprimir por agora. No futuro, quem sabe.

Mas igualmente importante quanto o debate e a exposição de idéias contrárias à maioria pensante (?) de nossa sociedade é a questão do que se pode falar abertamente e das consequências que se deve pesar à respeito daquilo que se diz e do que se faz.

É perceptível a intolerância das idéias. Não somente por aqui no lado sul do mundo. Mas por todos os lugares. Pessoas perdem empregos e oportunidades por onde passam e não me sinto nem um pouco atraído pelos prazeres de uma vida segregada socialmente. Twitando se perde emprego. Falando a favor ou contra alguma coisa podem causar problemas que seria perfeitamente evitáveis se utilizassemos as três palavras escritas no título.

Pode parecer um pouco antigo falar sobre coisas tão óbvias na vida social humana. Impressionantemente, não é. Conte nos dedos e encontrará pessoas que usam como mote este título. Obviamente, não me inclua no meio desta contagem. Sou muito visceral e expontâneo. Mas são perceptíveis alguns vislumbres destas virtudes a cada década em meu ser.

A questão aqui é censura.

Porque censurar algum tipo de informação é necessária? Qual a real necessidade de negar informação, uma vez que o pensamento é livre e a sua exposição, com algumas ressalvas, também o é? HABEAS DATA, minha gente. HABEAS DATA.

Existe aquela censura que é calada. Que está implícita em alguns eventos, lugares e situações. E essa é a pior. É a censura do pensamento. De se calar para evitar algo pior. De se omitir para salvar impressões e manter situações sob controle.

Falar o que? Vivemos até hoje na ditatura silenciosa de nossas mentes atrofiadas por toneladas de entretenimento e toda a sorte de dispositivos do "não-pensar".
Nossos anciões tremem com as memórias dos militares de outrora. Nossos pais, lembram-se das histórias do DOI-CODI. A minha geração se perdeu pela completa falta de objetivo e pela globalização de pensamentos e sentimentos. E a nova que aí está, ainda pensa se existe razão para alguma ideologia. A praticidade eletrônica e o mundo virtual são ferramentas poderosas para se pensar no que não precisa e para ajudar também na manutenção das coisas como assim são.

Sentado com a bunda na cadeira, poucas revoluções acontecem. Nenhuma delas, televisionada. Garantido.

Tem gente preocupada demais com coisas que importam de menos. O que é comida na China é tratado com diamante e festas de R$15.000,00 pela elite de outro país. Tudo muito doido.

O que você censura é o pensamento de hoje. Tentar se libertar do poder de privar o outro de informação. De limitar a curiosidade. Acredito ser lógica a fomentação de nossas crianças para o conhecimento sem limites. Para retornar o homem a causas mais sublimes do que apenas ganhar dinheiro. Do que apenas consumir. Do que apenas ser o que o outro espera que você seja.

Focar mais no que se quer e esperar que as pessoas certas apareçam para você. Foi isso que eu fiz para ter uma pessoa preciosa como a que me deu esta dica perto de mim.

Um grande abraço!

***

A imagem deste post -Friendship by ~rebela-wanted
Artista - http://rebela-wanted.deviantart.com/

Tempos e velhas histórias.

Bem, cá estou novamente.
Tanto para falar bobagens, quanto verdades parciais e tendenciosas. Talvez alguma coisa bacana apareça por aqui... bem provavelmente, este espaço será mais para desavenças e conversas-fiadas.
Daquele tipo normal de conversa de Blog...
Existe a tentativa de passar algo adiante, da possibilidade de ser lido por quem importa ou por sensibilizar qualquer outra alma perdida que ainda acredita que no Brasil se valoriza palavras e letras.
O antigo Blog, que bem provavelmente estará na lembrança dos poucos (e bons...) leitores destes apanhados, foi lançado para o ostracismo digital após várias (e nada divertidas...) aventuras e discussões.

Espero que esta sirva para o mesmo propósito que o antigo e que também colecione vários problemas e desavenças.

Afinal, é bom perceber desta forma visceral que pessoas ainda dão valor ao que é feito com as palavras.

Well...

Falar sobre alguma coisa hoje será querer demais... ando falando como pobre na chuva e escrevendo como um TUAREG. Marco símbolos em suportes efêmeros, tipo... coração, areia, ouvidos e bocas.

Perdi bastante coisa bonita por esses lugares... Deixei marcas, espero.
Entretanto, ninguém usou destes meus próprios suportes para marcar algo em mim e fiquei meio ileso de marcas duradouras nestes últimos tempos.

Não consegui me apaixonar. Não que se é algo a se procurar... mas é que ando me inquirindo se ainda me é possível tal feito. Será que já gastei demais? Tô procurando resposta para esse dilema. Infrutíferas minhas pesquisas. Preciso de uma parceira para tal feito.

Não aguento mais conversa fiada. Isso não é novidade para quem me conhece... eu sou um camarada explosivo. Eu me irrito. Eu tento desembolar o meio-de-campo e eu tento jogar limpo.
De duas uma: Ou eu estou jogando errado ou o jogo é outro.
Mais uma coisa que eu ando tentando descobrir.

Obviamente, a minha paixão leonina me impede de suspeitar de quaisquer defeitos em meu caráter.

Para falar a verdade, de qualquer defeito.

Andei meio humilde uns dias atrás, mas eu já sarei. Não se preocupem.

Enfim, sejam todos muito bem-vindos. Não esperem que eu agrade a todos. Também não me exijam desculpas pelo que vou escrever por aqui, porque eu não as pedirei.

A palavra aqui será crua. Sem tempero.

Não é para agradar. É somente para sair de mim.

Um abraço!


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A imagem deste post - Culinary 2 by *Sennd
Artista - http://sennd.deviantart.com/