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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Aqui... nesta mesa de bar...


Mesa de bar.

Cerveja na mesa e muitas certezas. Certezas de carteirinha. Certezas pré-embriaguez. Certezas socialmente aceitas. Certezas.

Cerveja de bar.
Capacidade infinita de se multiplicar. Valor agregado contrário à poesia sem fim de boteco fim-de-noite. Brigas homéricas e tormentos marxistas acalentados entre um gole e outro.

Menina de boteco.
Tão feia ali no canto. Tão boca-torta ali no canto. O sorriso amplia de forma proporcional à cerveja que desce na mesa.
Amigo babaca.
Todo mundo sabe que é babaca. Mesmas piadas, mesmo timing. Mesma frustração escondida pela falta de um falo do tamanho de sua incapacidade. E assim vai.

Sucessivamente, pelas mesas dos bares.

Até que se encontre uma chata para o babaca, uma cerveja para o democrata e uma nova frustração para a devassa.
No caminho dos protagonistas não importa mesa de bar, ser profissão de poeta e nenhum professor será jamais um galã de novela. Não vale perder dente, nem pedir usar velhos modelos de penteado para festas contemporâneas.

Não é válido cantar mais Sepultura para os líderes da juventude.

O meu (nosso) antigo caminho de descobrir que realmente Soundgarden era uma coisa além da imaginação se perdeu na necessidade de uma aceitação maior. No acalento pacífico de um psicólogo bem aceito pela sociedade. Por uma educação militarmente eficaz em pacificar sonhos e rebeldia.

A mesa de bar resiste quando os famintos pelas músicas dos anos 90 ( e não consigo falar disso sem lembrar do meu incansável e visceral amigo Agnelli ) bradam por uma música que não fale de merdas cotidianas brasileiras. Com danças simiescas ou de outra espécie mutante que ainda está por vir.

A mesa de bar resiste na batida inconsciente do Elvis simulando uma bateria bem sincronizada do Slayer. Na fala louca do Vitor, reclamando que peidos não são tão revolucionários assim.

Fica na imagem da sinuca safada, de barbicha inconteste do Muamba. Na experiência do I-Doser com o Zé.

Na fala idiota do Foca. No fato do camarada ser capaz de fazer coisas sensacionais e ainda manter a mesma simplicidade ímpar. O sujeito faz falta.

A conversa mansa do Brotão. Divagações e a gratidão eterna de ter uma irmã linda como a Roberta... Sem comentários!!!

E todas as vezes que esses caras foram os melhores, a mesa de bar resiste.

Se nega a ser mais uma vadia vendida da televisão.

E com toda a sinceridade honesta da amizade de peito aberto ( ou torto, se falar do Zé...) eu dedico este post para os meus amigos.

Obrigado, moçada.
Por todas as vezes e por tudo.


A gente se encontra antes do fim do mundo.

Um abraço do Sem Nome.

***

A imagem deste post - The Pub by ~scheherazade
Artista - http://scheherazade.deviantart.com/

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