Imagens retiradas do site www.deviantart.com.

Todos os direitos reservados.
Os artistas serão indicados no final de cada texto, com link para a página direta em seu portfólio virtual.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ah... essa vida simples...


Pensamento bipolar.
Não aquela história de pessoas bipolares, nada a ver. Mas no sentido real da palavra:

bipolar
(bi- + polar)
adj. 2 g.
1. Que tem dois pólos.
2. Cuja concentração está em dois pólos ou posições opostas.
3. [Electricidade] Que tem bipolo.
4. [Geografia] Relativo aos dois pólos ou às duas regiões polares.
5. [Psiquiatria] Que tem uma perturbação de humor caracterizada por alternância entre estados depressivos e estados de excitação eufórica.

(Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=bipolar)


Então, dois pólos é a definição que vamos usar nesta "conversa". A vida brasileira está bipolar demais. Nas camadas menos favorecidas intelectualmente (apesar de achar que não preciso explicar, eu vou. Menos favorecidas intelectualmente, não quer dizer classe pobre. Os maiores idiotas do planeta Terra estão afundados em dinheiro e continuam a fazer as piores cagadas...) enfurnadas na vida televisionada ou pelas importantes vidas sociais internéticas(sic) vivem em uma eterna dualidade entre o SIM e o NÃO. É uma parada muito cabulosa.

MESMO.

O discurso desse tipo de pessoa, como você mesmo vai poder comprovar, se prestar atenção, limita-se ao uso excessivo do pronome EU. Em suas mais diversas formas, limita-se à esfera pessoal, restrita, egocêntrica e dotada de uma irremovível "viseira" de burro. E o negócio vai piorando a cada segundo que você começa a perceber que esta doença é uma coisa enraizada na sociedade. É aquele papinho de interior falando mal um do outro, contando caso e aumentando um dedo de prosa em cada conversa, da hipocrisia da negação e do fatal prejuízo que causa a todos os envolvidos nesta situação.

Bem, daí uma pessoa com um pensamento que não se limita à dualidade, que consegue compreender que nem sempre é necessário um início para existir um fim, que pensa que talvez (e muito provavelmente, por sinal...) as coisas estão todas erradas e caminhando em círculos em seus próprios erros e que tem a CORAGEM (meu amigo, um sujeito tentar falar para uma mesa de bar repleta de idiotas é umas 10.000 vezes pior do que falar para um estádio lotado de pessoas inteligentes... pelo menos, elas serão educadas o bastante para te deixar terminar de falar...) de expor idéias que fogem ao padrão, que quebram paradigmas e que buscam um novo entendimento de velhas idéias e coisas é IMPIEDOSAMENTE escrachado.

ISSO NO MÍNIMO.

Como se a inteligência ou a vontade de pensar por si só fosse um insulto absoluto! Amigos, a inteligência está virando um DEFEITO!!! Pelo menos para os incultos.

Na história inteira, exemplos de homens ( e mulheres também, é claro... digo isso porque uma amiga minha sempre briga comigo pq eu falei uma centena de vez(es) que as mulheres não inventaram nada para contribuir com a espécie humana... e vejamos... as máquinas de lavar, os limpadores de pára-brisas, a computação telefônica automatizada, o Liquid Paper, as fraldas descartáveis, o vidro que não reflete e o sutiã são alguns dos objetos que foram planejados por mulheres...) que desafiaram a "tirania" do usual, do padrão, do tétrico lugar-comum social para realizar as maiores revoluções no Planeta. Pô... será possível que não existe mais lugar para o humor inteligente? Será impossível uma cantada inteligente ser percebida atualmente? (Nem vou entrar nesse mérito... uma vez eu cantei uma guria que imaginei ser capaz de entender o que eu estava dizendo e ela me perguntou se eu era doido...). Ninguém joga mais xadrez tomando cerveja na praça???

O treco tá de doer ouvidos e olhos. Furúnculos auriculares sucessivos em festas (?) e shows (??????) são ovacionados como música de qualidade. Funk é moda. (PQP... isso é foda.) E o mulheril continua a valorizar a bunda. Porque cérebro que é bom, nada.

É uma estranha forma essa minha de pensar. Por exemplo, não coloco na categoria das coisas que eu não escuto como ruins. Não todas. E eu até deixo a mulherada escutar essas porcarias. Sei lá... acho que eu penso em tomar uma cerveja nessa hora e colocar o meu cérebro no "hibernar profundamente". ERA DO GELO CEREBRAL CHEGANDO.

Com todo o respeito... quer dizer... não tem como ter respeito com música que só fala de putaria e bunda. E toda hora tá tocando essas porcariadas.... Pô... nem sei mais o objetivo desse tanto de escritos...

Ah... Bipolaridade.

Como eu ia tentando dizer, tente prestar atenção no que se passa em tua volta. Até mesmo, em sua própria forma de levar uma conversa. Tente escapar do cíclo pessoal de pessoas. Procure outras conversas. Algo que seja mais abrangente... sem apelar... uma coisa que seja importante para um grupo pequeno de 50 pessoas, por exemplo.

Ah... e se prepare para ataques epiléticos, choques anafiláticos, paradas cardíacas, gritos histéricos e baba selvagem incontrolável quando tentar alterar a configuração padrão destas pessoas, hein??

Vai que elas descobrem que não estão sozinhas no mundo...

Pois é...


Aquele abraço!!!

***

A imagem deste post
- Idiot Box by `BurlapZack
Artista - http://burlapzack.deviantart.com/

Coisa a tôa.




Então...

Tudo segue, tudo anda, mesmo quando o tempo para.

Mesmo quando a gente permanece imóvel.

E o que ficou para trás... ficou.E permanece. Permanece sendo passado. Sendo construções não terminadas, obras de arte sem aquela diva inspiradora.

Permanecem imutáveis e por mais que os olhos digam que algo mudou, que a fisionomia acrescenta mais alguns traços de maturidade ou que a vida conseguiu moldar ainda mais o caráter... a imagem derradeira do final do capítulo sempre permanece a mesma. Como em um filme, que se pausado no momento ideal, pudesse agregar sentimento, vida, razão e abstração do que o "eu" temporal recusa terminantemente a aceitar.

Aquele detalhe sórdido da vida de todo ser humano.Daquela constatação destruidora de egos, que é a capacidade de ser feliz sem alguém.Daquela sensação de ser capítulo terminado.De ser folha passada. Daquelas folhas que contém partes interessantes de um livro inteiro de histórias... mas serviram apenas por alguns momentos... e depois... nada mais além de lembranças.

De ser memória em cheiro. De ser memória em som. De saber que o brilho dos olhos passou um segundo antes da foto ser tirada. Sacramenta a memória como apenas... memória.

Não é de nada... coisa a tôa...

Mas é terrível descobrir que não se é mais parte essencial de alguém.

***

A imagem deste post
- Writing... by ~bokka

Artista - http://bokka.deviantart.com/