Então...
Tudo segue, tudo anda, mesmo quando o tempo para.
Mesmo quando a gente permanece imóvel.
E o que ficou para trás... ficou.E permanece. Permanece sendo passado. Sendo construções não terminadas, obras de arte sem aquela diva inspiradora.
Permanecem imutáveis e por mais que os olhos digam que algo mudou, que a fisionomia acrescenta mais alguns traços de maturidade ou que a vida conseguiu moldar ainda mais o caráter... a imagem derradeira do final do capítulo sempre permanece a mesma. Como em um filme, que se pausado no momento ideal, pudesse agregar sentimento, vida, razão e abstração do que o "eu" temporal recusa terminantemente a aceitar.
Aquele detalhe sórdido da vida de todo ser humano.Daquela constatação destruidora de egos, que é a capacidade de ser feliz sem alguém.Daquela sensação de ser capítulo terminado.De ser folha passada. Daquelas folhas que contém partes interessantes de um livro inteiro de histórias... mas serviram apenas por alguns momentos... e depois... nada mais além de lembranças.
De ser memória em cheiro. De ser memória em som. De saber que o brilho dos olhos passou um segundo antes da foto ser tirada. Sacramenta a memória como apenas... memória.
Não é de nada... coisa a tôa...
Mas é terrível descobrir que não se é mais parte essencial de alguém.
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A imagem deste post - Writing... by ~bokka
Artista - http://bokka.deviantart.com/
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