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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma história longa demais para cantar.



Pois é...

Algum tempo passou, entre os aqui e acolá... Entre em como as coisas deveriam ser e como elas são realmente. E veio um tempo estranho, de desapegos e pessoas cada segundo mais sozinhas...

E se eu te contar que a cada segundo que passa e que você se permite ouvir os outros, fazer outras coisas, conhecer outras pessoas, cores e sabores, um outro mundo inteiro fica mais tedioso, abandonado, daltônico e insosso.
Pois é.

Os filmes pessoais, as músicas prediletas de amor, romance e ação vão tocando sempre... A mente não precisa de headphones, minha querida. E a mente funciona tão bem que nos blinda contra toda a verdade que teima em quebrar o encanto da sétima arte criada por nós mesmos... Todos os dias.

Eu vejo pessoas amando outras pessoas pelos contextos. Pelas situações. Vejo pessoas amando coisas pelas funções, outras pelo valor gasto em ter as mesmas coisas. E também vejo pessoas amando tarde demais outras pessoas. Aquelas pessoas que eram somente coadjuvantes em nossa vida, sempre terão um momento de ápice. O momento em que elas partem e arrancam ferozmente nacos de nosso coração.

Algum tempo atrás, alguém pensou que seria uma boa ideia parar de sofrer por amor. Esquadrinharam e colocaram lógica nas coisas que dão ímpeto ao ser humano. E depois que essa boa ideia foi sendo estudada e agora pessoas desapegam-se das outras pessoas. Apegam-se a gatos e cães. Fingindo não saber que eles também irão partir. E que também irão arrancar ferozmente nacos de nosso coração.

Algum tempo atrás, passaram-se os anos, até. As pessoas vinham observando mais os olhares e os sorrisos. 

Algum tempo atrás as pessoas não tentavam julgar de forma tão veemente aquilo que sentimos, como sentimos e principalmente, como reagimos ao que sentimos. Não existe um manual para tudo isso. A dor é uma parceira fiel demais para ser expressa em palavras ou letras. Imagine a angústia em tentar traduzir tudo aquilo que te lacera o peito ao meio e te faz duvidar da condição de ser humano, te faz duvidar da capacidade de amar, te faz sofrer de tantas e tantas formas diferentes... Mas te é honesta, gritando ao mesmo tempo em que você ainda está vivo, para tentar experimentar um amor que não te custe assim tão caro, mais uma vez.

Pois é...

Algum tempo passou e ainda escuto Piano Bar tocando baixinho por onde ensaio aqueles olhares fatais, espelhados... Que sempre buscam, sinceramente, encontrar os teus olhos.

Acabo esbarrando em plantas, concreto e pessoas estranhas. E vou escrevendo de forma minúscula sobre as coisas que me lembram de você.

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Imagem:

Intro by ~jazzylemonade

sábado, 22 de setembro de 2012

In vino veritas.




Bem... este texto anda se arrastando por meses aqui na minha cabeça... e sinceramente não sei se vocês já perceberam pelos óbvios erros textuais que este blog apresenta (in)felizmente para vocês em toda oportunidade que se faz presente... explicando, este blog é escrito de forma espontânea... é escrito de uma forma que, se você usar um pouco da imaginação, poderá me ver lendo meus escritos... escutando minha risada... e ele é feito sem qualquer revisão, ou cuidado neste aspecto... por isso a grande repetição da palavra bacana ( que eu uso, desde que me tornei pai, na tentativa de evitar o uso de palavras de baixo calão perto de minhas filhas...) que até me envergonha, de certa forma... mas que faz seu papel de forma brilhante... melhor que qualquer outra palavra adjetiva já inventada ou catalogada em um dicionário.
Mas deixando a conversa de lado e colocando o pingo nos “i”s, tentarei explicar a resposta que dei a uma amiga, em uma conversa espontânea na faculdade. Já me adianto em dizer que escapa de ser apenas uma resposta simples a uma pergunta sem sentido objetivo, uma vez que cada um tem suas infinitas razões para qualificar as características mais impressionantes de uma mulher em sua vida.

É claro também, que usarei pseudônimos para me referir às mulheres que eu amo. Por dois motivos simples... o primeiro é que nem todo amor deve ou pode ser reconhecido e compartilhado. A maioria dos amores constrói muito mais por não ter sido consumado do que a maioria que é mal vivida e, consequentemente, mal resolvida.  Em sequência, porque será divertido escutar de minhas amigas o questionamento se estão figurando na lista que vou expor aqui...

É claro que só cabe a mim julgar se conto a verdade ou se não...

Primeiro, existe a Soraia. Ela é uma pessoa difícil demais de se ler, justamente por ser uma pessoa explosiva e inquieta. E ela faz tudo com paixão. Ela age sempre com a decisão daqueles que sabem o que querem, sem pensar duas vezes... ela fala demais e tem um sorriso farto. Daqueles que contagia o contador de piadas. Ela é uma guria que poderia sorrir mais e melhor...

Segundo, existe a Ida. O contraste daquelas coisas aceleradas... encontra nos olhos grandes e tranquilos a paciência de Jó. A calma impressionante com que escuta os problemas, as coisas... a conversa sempre levando em consideração todos os pormenores... todos os nuances...Ela costuma a falar pouco e gosta mais de usar o seu toque para amenizar os problemas que teimam em se tornar menores à mera presença dela.
Terceiro, existe a Fernanda... de cores intensas e sorriso aberto. Cabelos coloridos em várias combinações e todas, combinando na forma certa do seu andar. Impressionante a vitalidade e a motivação para tudo... Ela garante uma perspectiva melhor dos problemas e procura sempre pecar por excesso ao dar um abraço a mais... um beijo a mais... aquela palavra a mais que todo mundo espera no fundo ter, daquela mulher que até mesmo o próprio pai duvidou que a gente poderia conquistar.
Quarto... Yolanda. Ela é tudo de harmônico. Mas tudo de triste. Não uma tristeza trágica... ou cataclísmica... ela é uma tristeza do tempo. Ela é o drama silencioso... de boca bonita e poucas palavras. De grandes gestos e muitos sentidos. Ela entende com o olhar e prefere se afirmar com mais atitudes do que palavras. Ela, afinal, gosta pouco das palavras... algumas palavras já a fizeram muitas dores e deixaram muitas cicatrizes. Yolanda sempre me lembra de que os amores podem ser finais.
Por último... Valéria. Que é tanto potencial e não é nada. Que poderia ter e ser tudo aquilo que sempre quis, da forma e nas formas que ousar possuir. Valéria. Ela é aquele amor que vejo de longe, aquela possibilidade ao lado... aquele toque finito de tudo que considero perene e inconteste. Valéria é assim impossível de descrever.

Valéria é demais Yolanda... que é demais Fernanda... que se espelha em Ida... e que usa Soraia para ser justamente igual a ti.

Imagem por - http://deino.deviantart.com/