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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma história longa demais para cantar.



Pois é...

Algum tempo passou, entre os aqui e acolá... Entre em como as coisas deveriam ser e como elas são realmente. E veio um tempo estranho, de desapegos e pessoas cada segundo mais sozinhas...

E se eu te contar que a cada segundo que passa e que você se permite ouvir os outros, fazer outras coisas, conhecer outras pessoas, cores e sabores, um outro mundo inteiro fica mais tedioso, abandonado, daltônico e insosso.
Pois é.

Os filmes pessoais, as músicas prediletas de amor, romance e ação vão tocando sempre... A mente não precisa de headphones, minha querida. E a mente funciona tão bem que nos blinda contra toda a verdade que teima em quebrar o encanto da sétima arte criada por nós mesmos... Todos os dias.

Eu vejo pessoas amando outras pessoas pelos contextos. Pelas situações. Vejo pessoas amando coisas pelas funções, outras pelo valor gasto em ter as mesmas coisas. E também vejo pessoas amando tarde demais outras pessoas. Aquelas pessoas que eram somente coadjuvantes em nossa vida, sempre terão um momento de ápice. O momento em que elas partem e arrancam ferozmente nacos de nosso coração.

Algum tempo atrás, alguém pensou que seria uma boa ideia parar de sofrer por amor. Esquadrinharam e colocaram lógica nas coisas que dão ímpeto ao ser humano. E depois que essa boa ideia foi sendo estudada e agora pessoas desapegam-se das outras pessoas. Apegam-se a gatos e cães. Fingindo não saber que eles também irão partir. E que também irão arrancar ferozmente nacos de nosso coração.

Algum tempo atrás, passaram-se os anos, até. As pessoas vinham observando mais os olhares e os sorrisos. 

Algum tempo atrás as pessoas não tentavam julgar de forma tão veemente aquilo que sentimos, como sentimos e principalmente, como reagimos ao que sentimos. Não existe um manual para tudo isso. A dor é uma parceira fiel demais para ser expressa em palavras ou letras. Imagine a angústia em tentar traduzir tudo aquilo que te lacera o peito ao meio e te faz duvidar da condição de ser humano, te faz duvidar da capacidade de amar, te faz sofrer de tantas e tantas formas diferentes... Mas te é honesta, gritando ao mesmo tempo em que você ainda está vivo, para tentar experimentar um amor que não te custe assim tão caro, mais uma vez.

Pois é...

Algum tempo passou e ainda escuto Piano Bar tocando baixinho por onde ensaio aqueles olhares fatais, espelhados... Que sempre buscam, sinceramente, encontrar os teus olhos.

Acabo esbarrando em plantas, concreto e pessoas estranhas. E vou escrevendo de forma minúscula sobre as coisas que me lembram de você.

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Imagem:

Intro by ~jazzylemonade

sábado, 22 de setembro de 2012

In vino veritas.




Bem... este texto anda se arrastando por meses aqui na minha cabeça... e sinceramente não sei se vocês já perceberam pelos óbvios erros textuais que este blog apresenta (in)felizmente para vocês em toda oportunidade que se faz presente... explicando, este blog é escrito de forma espontânea... é escrito de uma forma que, se você usar um pouco da imaginação, poderá me ver lendo meus escritos... escutando minha risada... e ele é feito sem qualquer revisão, ou cuidado neste aspecto... por isso a grande repetição da palavra bacana ( que eu uso, desde que me tornei pai, na tentativa de evitar o uso de palavras de baixo calão perto de minhas filhas...) que até me envergonha, de certa forma... mas que faz seu papel de forma brilhante... melhor que qualquer outra palavra adjetiva já inventada ou catalogada em um dicionário.
Mas deixando a conversa de lado e colocando o pingo nos “i”s, tentarei explicar a resposta que dei a uma amiga, em uma conversa espontânea na faculdade. Já me adianto em dizer que escapa de ser apenas uma resposta simples a uma pergunta sem sentido objetivo, uma vez que cada um tem suas infinitas razões para qualificar as características mais impressionantes de uma mulher em sua vida.

É claro também, que usarei pseudônimos para me referir às mulheres que eu amo. Por dois motivos simples... o primeiro é que nem todo amor deve ou pode ser reconhecido e compartilhado. A maioria dos amores constrói muito mais por não ter sido consumado do que a maioria que é mal vivida e, consequentemente, mal resolvida.  Em sequência, porque será divertido escutar de minhas amigas o questionamento se estão figurando na lista que vou expor aqui...

É claro que só cabe a mim julgar se conto a verdade ou se não...

Primeiro, existe a Soraia. Ela é uma pessoa difícil demais de se ler, justamente por ser uma pessoa explosiva e inquieta. E ela faz tudo com paixão. Ela age sempre com a decisão daqueles que sabem o que querem, sem pensar duas vezes... ela fala demais e tem um sorriso farto. Daqueles que contagia o contador de piadas. Ela é uma guria que poderia sorrir mais e melhor...

Segundo, existe a Ida. O contraste daquelas coisas aceleradas... encontra nos olhos grandes e tranquilos a paciência de Jó. A calma impressionante com que escuta os problemas, as coisas... a conversa sempre levando em consideração todos os pormenores... todos os nuances...Ela costuma a falar pouco e gosta mais de usar o seu toque para amenizar os problemas que teimam em se tornar menores à mera presença dela.
Terceiro, existe a Fernanda... de cores intensas e sorriso aberto. Cabelos coloridos em várias combinações e todas, combinando na forma certa do seu andar. Impressionante a vitalidade e a motivação para tudo... Ela garante uma perspectiva melhor dos problemas e procura sempre pecar por excesso ao dar um abraço a mais... um beijo a mais... aquela palavra a mais que todo mundo espera no fundo ter, daquela mulher que até mesmo o próprio pai duvidou que a gente poderia conquistar.
Quarto... Yolanda. Ela é tudo de harmônico. Mas tudo de triste. Não uma tristeza trágica... ou cataclísmica... ela é uma tristeza do tempo. Ela é o drama silencioso... de boca bonita e poucas palavras. De grandes gestos e muitos sentidos. Ela entende com o olhar e prefere se afirmar com mais atitudes do que palavras. Ela, afinal, gosta pouco das palavras... algumas palavras já a fizeram muitas dores e deixaram muitas cicatrizes. Yolanda sempre me lembra de que os amores podem ser finais.
Por último... Valéria. Que é tanto potencial e não é nada. Que poderia ter e ser tudo aquilo que sempre quis, da forma e nas formas que ousar possuir. Valéria. Ela é aquele amor que vejo de longe, aquela possibilidade ao lado... aquele toque finito de tudo que considero perene e inconteste. Valéria é assim impossível de descrever.

Valéria é demais Yolanda... que é demais Fernanda... que se espelha em Ida... e que usa Soraia para ser justamente igual a ti.

Imagem por - http://deino.deviantart.com/

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Só para dizer... estou vivo AINDA.


Quase 30 dias se passaram da minha última visita aqui pelo Blog.

Não que deixei de ter coisas para escrever ou aflições dignas desse circo romano que navega pela tentativa de expressão do que penso, sem cair na mendicância de atenção característica daqueles que usam um blog para escrever o que se pensa. Ou o que se sente, ou sentiu... e principalmente a FALTA disso.
Já falei anteriormente sobre isso. Eu fico pensando que o Trem já deixou a estação. Que perdi o último ônibus. Fico pensando que é melhor me acostumar em ficar sozinho de uma vez, porque eu já estou farto de ter que me desconstruir toda vez que me aparece uma mulher bacana. E existem várias delas mundo afora.
O fato é que eu ainda tento lidar com saudades de muitas coisas ao mesmo tempo. E não tenho vocação para isso. Sinto saudades de minha família e amigos de BH, quando estou em Florianópolis. E em Belo Horizonte eu sinto o peito rasgado de saudades das minhas pirralhas.
E tirando que eu consegui parar de fumar, acho que a ansiedade tá pegando pesadíssimo em mim. Sei lá... a faculdade em greve, trabalho difícil de encontrar, pelo menos um que valha a pena... e isso acaba que me tira o sossego. Me deixa irritado e precipitado.
Não tinha nada melhor para escrever por aqui... só aquela sensação chata de um vazio no peito. Aquela certeza que eu já deixei muito tempo passar depois do fracasso do meu casamento.
Eu estou achando mesmo que já está na hora de fechar a tampa de algumas memórias.

Um abraço!

E seja mais feliz!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Casa de ferreiro...



Então... daí ficam as coisas, por assim dizer... com os ditos pelos não-ditos... com a vontade etérea... vai indo embora com os minutos.

Eu vou vendo de longe, vou fingindo que não vejo... mas vou deixando apagar lento, deixo o braseiro vermelho... daqueles que vai assando o naco de carne de dentro para fora... vai dourar somente na hora de consumir e acabar com tudo, de uma vez.

Sei lá se vai deixando passar, sei lá mesmo o motivo pelo qual se vai.

Só que de saudades, eu entendo bem. Sinto falta até daquilo que eu não vivi. Sinto falta de pessoas que não conheci de verdade... eu parei muitas vezes apenas no superficial.

Então, deixa o tempo temperar qualquer coisa que seja. Não dá para moldar nada em aço frio. Não na fornalha que pulsa dentro do peito.

Não gosto de reinventar... prefiro moldar desde o minério... prefiro transformar o bruto em maciço, em obra-prima.


Daquele jeito.

Mesmo se for para se quebrar depois, a construção de alguma coisa com a vontade de ser perfeita, já é o início da perfeição.

Vai findando mais um tempo, vai chegando o inverno e daí?
O que te prende, te trava, te minimiza... o que?


Fato é que eu tentei mesmo fazer alguma coisa certa desde o início. Só para descobrir MAIS UMA VEZ, que isso não funciona.

Agora... é partir para a velha receita de sempre.


Desculpe, hein? Eu tentei...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Simples...

Tem coisas que somente servem para quem vê, escuta e sente.



Para variar... o inverno é um tempo que sempre me bate pesado...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Serenata do Velho Homem



Então... um velho homem, de cabelos brancos morreu.

E o que isso tem a ver com a urgência do meu tempo?
Bem, nada.
Tirando o fato óbvio que uma pessoa morrendo é muito mais do que somente isso.

É o epitáfio de várias e ricas conexões humanas, vulgo amizade. É o fim de um laço vitalício, daquele que um dia foi filho, irmão, pai e avô... talvez até, bisavô.
Seria um nada tão igual ao da criança que morre de fome em qualquer deserto subsaariano ou em qualquer lugar pior que uma latrina de posto em algum canto esquecido da Somália.
O dinheiro continua a girar e as pessoas continuam a se admirar com cores, luzes, sons e sorrisos de vendedores de sorrisos fartos e imundamente brancos.
Então... um jovem senhor morreu. E com ele histórias que nunca foram contadas, segredos para uma vida inteira e juras pelo cadáver de sua própria mãe. Um jovem senhor de seus oitenta e poucos anos.

Oitenta e poucos... Até nos ditames derradeiros nos atemos ao tempo e as chagas a que ele nos submete.

Depois dos “vinte e tantos anos”, ninguém mais deveria contar idades, anos ou acontecimentos. É tudo exatamente a mesma coisa. Com mais “requintes de crueldade” com tarjas pretas ou vermelhas. Com novos jargões, com uma incômoda vontade de permanecer sentado, sorvendo aquela bebida alcoólica que nos remete cada vez mais em acreditarmos naquilo que não somos, naquilo que não conseguimos ser e escancarar a boca para vomitar um sem-número de verdades convenientes para nós mesmos.

Para nós mesmos nos sentirmos menos boquirrotos. Menos insignificantes. Menos superlativos.
Tudo para afastar o fantasma da velhice chata, inerte e dependente dos “Faustões” da vida. Do “MAOE” sonoro da televisão. Da esperança cega e desvalida do futebol de domingo. Da memória em preto e branco de aos poucos se torna a nossa vida.

Um círculo de memórias que engole uma grande parte de nosso tempo somente se ocupando em se lembrar de que em algum momento fomos jovens um dia.


Um dia.

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Old manby ~MaraDamian

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Simple kind of man...



“Tá... e daí que você está certa? O caminho que a gente tomou está todo errado mesmo...”
Alguns momentos passam. E cheguei a conclusão que às vezes andar sozinho é aceitar a responsabilidade de caminhar por conta própria, sem ninguém para culpar pelo fracasso de qualquer projeto ou postura.
É. Pode-se aprender bastante assim. Mas ninguém disse que é ou será fácil.
Estar sozinho é mais do que passar momentos de solidão. Estar sozinho não requer a ausência de pessoas, requer a abstenção das mesmas nas tomadas de decisão de sua vida. Momentos de solidão, necessitam do isolamento total do indivíduo. Às vezes é bom para pensar. Certamente é a melhor situação para chorar. Mesmo que o sentido de platéia para o “filme” da sua vida seja somente você e a voz em sua cabeça, pode ser salutar imaginar que algum script reserva coisas boas para um futuro não muito promissor, não é mesmo?
E aqui eu ando sozinho. Estou, na verdade. Não sei nem dizer se é por opção, ou se eu coloquei um pré-requisito muito difícil de acontecer, ou se eu somente ando pelos lugares errados com pessoas erradas. Não no sentido de pessoas más ou irrelevantes... mas pessoas que não podem preencher os requisitos daquilo que eu procuro.
Sem entrar em pormenores, mas eu já passei por situações complicadas no sentido emocional. Todos nós passamos, eu sei disso, compreendo bem a minha condição não-exclusiva. Não é na intenção de justificar. É mais para explicar.
Eu estou é esperando ver se eu consigo sentir.
SENTIR. De verdade.
Complicado isso. Eu não consegui identificar nenhum sentimento forte, por assim dizer. É claro que existe uma guria que eu arrasto uma asa e tal... mas sei lá...
Tá uma baderna danada.
Pelo menos em Florianópolis eu posso ficar mais tempo pensando nessas coisas nos meus momentos solitários. Tenho tempo de pensar e compreender as coisas. Tenho tempo para me explicar as coisas e compreender outras tantas. Tenho tempo para digerir desilusões e alimentar esperanças.
Eu estava precisando dessas coisas.
Como alguém precisa de ar.
Escrever sobre certas coisas me ajudam muito. Não sei quem as lê, ou mesmo se dão qualquer importância para aquilo que eu penso ou sinto. Ou falo.
Até hoje, pelo menos, nenhum tempo gasto para filosofar me trouxe para um resultado que não fosse positivo.
Bem, vamos ver se eu consigo achar a guria no meio desse emaranhado de caminhos...

A simple kind of man by ~EmEtt93

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conversa fiada.




Eu tentei escrever este texto algumas vezes. Em todas elas, eu esbarrei naquele pensamento ruim de estar me adiantando à outra pessoa. Eu confesso que sou um vidente fracassado, mas ainda mantenho viva a pretensão de adivinhar eventos, conversas e posturas.

Eu apaguei frases bacanas, deletei parágrafos pensados para serem bonitos. Algumas palavras colocadas propositalmente aqui para te serem agradáveis aos olhos e que tentassem aliviar qualquer pensamento, seja ele qual for e a respeito daquilo que eu andei pensando.

Resolvi não escrever nada para você. Mas sim para mim.

Resolvi que não tem nada de errado em ser sincero. Nada. E resolvi também em não dizer para que deixe tudo como está. Resolvi dizer que prefiro que, se for para mudar alguma coisa, que seja assim. Resolvi dizer que me incomoda ficar longe e sem saber o que dizer. E também resolvi expressar que não sou aquilo que muitas pessoas pensam de mim.

De pré-julgamento eu entendo bem. Muito bem. Aliás... ando sempre pensando nos porquês que andam me perseguindo sobre isto. Andei conversando sobre pessoas sobre isto. E resolvi que não vou mudar, não.

Sabe... há muito tempo atrás, eu resolvi que não iria mais mentir para mim. E que se fosse para viver, que fosse sinceramente feliz e que nunca me obrigasse a estar com pessoas que eu não queria estar e nem em lugares aonde eu não gostaria de ficar.

Assim, teria certeza de usar o meu tempo de forma correta. De agir de acordo com aquilo que eu ignorei durante um bom tempo.

Agir de acordo com o que eu sentia.

Não descarrego sorrisos falsos. Nem deixo impressões a respeito daquilo que não sou. Eu tentei apagar máscaras e deixar as impressões baterem de frente em mim. Resolvi abandonar grande parte das minhas máscaras sociais.

Então...

Eu resolvi dizer que não é tanto faz à respeito daquilo que vais ou não dizer para mim. Resolvi dizer que me importo, sim.

E que, se mesmo assim, não ouvir nada que for bacana de ser escutado, eu saberei entender bem tranquilo.

Eu já aprendi há muito tempo que as coisas às vezes somente são. Sem motivos, sem regras, sem promessas e sem qualquer noção de possuir algum nexo.

Também sei que algumas coisas são complicadas de serem ditas e que atos falam bem alto mesmo. Portanto, se for para dizer, diga. Se for para mostrar, mostre.


Mas que tudo seja verdadeiramente sincero.

Mas diga, demonstre, mostre, grite ou escreva alguma coisa.

O silêncio é um péssimo companheiro para mim, acredite.

Finalmente, decidi pedir desculpas pela sinceridade. Alguns dirão que não sou nada acostumado com ela e por inaptidão, até posso usá-la sem saber. Outros dirão que é um texto tolo, dito por um tolo e escrito sem propósito algum, à não ser o de trazer aquela piedade mesquinha... dos que procuram somente atenção por não compartilharem da felicidade perpétua do círculo virtual. Existirão aqueles que não compartilham da mesma frequência de pensamento e não entenderão nada... ou pouca coisa do que está sendo exposta aqui.

Mas alguns saberão interpretar como se deve. Alguns tentarão perceber e compreender o que estou sentindo e tentando deixar transparecer...


É realmente muito difícil falar sem se proteger.

Mas prefiro continuar a sorrir sempre de verdade. Rir sempre quando der vontade. Conversar e me permitir ser feliz ou triste, mas de verdade.

Prefiro continuar a me permitir sentir na totalidade.

A gente se fala... ou não.

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sun spot squirrelby ~grevys

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Little... little sister.



Se você perguntar como acontecem as coisas e sobre os porquês incontáveis da falta de sincronia entre os seres humanos, eu te direi de uma vez..
.
Cabal e verificável em qualquer família.

Orgulho e prepotência.

O orgulho, na maioria das vezes, é algo positivo e que garante ao indivíduo a sua permanência dentro dos ditames de sua percepção de vida, dentro do escopo definidos por sua escala de valores. Algumas vezes, o orgulho venda a percepção de certo e errado e faz com que pequenos deslizes, decisões mal tomadas e atitudes derivadas de rompantes emocionais tomem proporções gigantes.

É um problema perceptível em pessoas que nunca tiveram que escutar ou se adaptar a situações desfavoráveis... ou que passam a vida com mais sim do que não... aquela velha história da proteção que se transforma em uma quase virtude do que chamo “Certeza e Razão absolutas”.

Ninguém é certo 100% das vezes.


Ninguém.

Já tenho uma lista de pessoas que se enquadram nesta categoria. De certezas absolutas e de vidas cheias de erros e derrotas. Uma miríade ilusória de certezas e verdades de boca para fora... ditando posturas e acertos sem recompensa.

Sabe... todos nós sentimos falta. Sem exceção. Mas é necessária agora uma postura que abandone uma sequencia antiga. E passe a buscar a união.

Nenhum de seus irmãos te abandonou. Esperamos no entanto que este tempo sirva para uma reflexão a respeito daquilo que você valoriza mais.

Você, como indivíduo. Ou você, como família.


Estamos te mostrando pela primeira e única vez, nós mesmos como indivíduos. Pensando por nós e em prol de nós mesmos. Pela primeira vez. Se for servir como aprendizado, que seja agora. É a nossa última chance.

Estamos te mostrando que ninguém mais vai abaixar a cabeça para qualquer desejo ou expectativa sua. 
Muito menos quando esta expectativa passar sobre pessoas, decisões, relacionamentos e escolhas.


Feliz Aniversário.

Espero realmente que esteja valendo a pena a sua decisão.


É a última vez que falo isso para você.


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Imagem e autor - candle by *Elinah

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Smells like a hunger strike.







A alegria.

Para alguns um calhamaço de notas de papel, para outros, um sorriso de criança em um parque.
Outros percebem como gentileza, talvez conforto... a tal da alegria. Alegria de ser bem sucedido. Alegria de ser bem amado.

Seria este adjetivo passível de ser subjulgado por circunstâncias efêmeras? Como por exemplo... alegria de ser belo? Se belo é um estado passageiro que deteriora a cada ano... a cada sorriso falso mal-dado? Alegria de ser rico? Se possuir nunca foi ser e usufruir de coisas boas deveria ser um direito de todos e não daqueles que conseguem negar todo o sofrimento do mundo em detrimento de alguns goles de champanhe a mais?

Gastam-se no planeta razões potenciais para a alegria de muitos milhares de seres humanos.

Especulam-se a alegria de um prato cheio.

Manipulam o suor do trabalhador.

Escancaram em todas as bocas de festa o branco dos ossos de crianças esquecidas.


E o céu continua sendo para todos?

A mesa continua sendo daqueles que comem e daqueles que aproveitam as sobras.
As pessoas continuam com fome.

A mesa continua gerando comida e deixando heranças de fome.
Discordo quando dizem que o diabo mora nos detalhes.
Não percebo cores diferentes em lágrimas, nem coloco virtude em qualquer fome, em qualquer roupagem que ela se manifeste.


Dor não escolhe nada.


Ela acontece.

E talvez, nas sobras da tua mesa, muita dor se acumule e muita hipocrisia encontre ninho.
As crianças no entanto, continuam a morrer.



A alegria é um prato cheio de... nada.

 

 

 

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 Hunger Strike 1by ~thepurist

terça-feira, 8 de maio de 2012

Colorblind.

Só para lembrar que nem só de músicas bonitas é que se vive a vida.


I am colorblind,
Coffee black and egg white.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am
Taffy stuck, tongue tied,
Stutter shook and uptight.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am...fine.
I am covered in skin.
No one gets to come in.
Pull me out from inside.
I am folded, and unfolded, and unfolding.
I am,
colorblind,
Coffee black and egg white.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am...fine.
I am... fine.
I am fine.
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segunda-feira, 7 de maio de 2012

As nove razões pelas quais você nunca deveria amar um poeta.



1 - Nós gostamos de escutar coisas como “Você é lindo” e “Eu vou morrer sem você” mas no fundo nós sempre sabemos que isso não é bem verdade... E isso acaba que vai nos separando lentamente, não importando o quanto nós amamos ouvir essas mentiras venenosas.

2 – E quando você pergunta “ Você está bem?”, nós responderemos com um “Estou ótimo” e você vai escutar que mesmo que nossos ossos estejam completamente trincados e nossas mãos tremendo por conta de tudo aquilo que nos fere, que nós podemos continuar seguindo.

3 – A causa pela qual escutamos nossas músicas no último volume quando estamos sós é que isso expulsa os pensamentos que vêem com o silêncio: coisas que nos assombram nos pesadelos e as razões pelas quais nos não gostamos de permanecermos vivos.
4 – Nós deixamos muitos  e s p a ç o s entre nossos escritos por que é assim que nos sentimos. C o m p l e t a m e n t e   s ó s.
e talvez você posso mudar isso por algum tempo, mas no final, será tudo a mesma coisa.

5 – E nós podemos nos identificar com livros e filmes e música melhor do que com a maioria das pessoas, portanto, nos desculpe se chorarmos no cinema, mas não chorarmos quando você partir. As vezes, nós ficamos paralisados do cérebro para baixo, mas acredite, nós choraríamos e imploraríamos e perguntaríamos a ti para ficar se isso fosse mudar alguma coisa. E não irá mudar nada.
Isto já aconteceu antes conosco.

6 – Nós sempre desejamos na hora das estrelas cadentes, usando cílios como apostas... e nós esperamos até 11:11 e também quando cruzamos a linha imaginária chamada equador para fazer algum desejo. Nós não iremos te contar, porque senão, jamais se tornará real. E realmente não nos importamos se você vai rir ou vai implorar, não iremos te contar, nunca.

7 – Nós amamos o oceano e as montanhas e as florestas porque são selvagens e livres e nós conseguimos esquecer nossos nomes, de nossas vidas ali. Também lá nos podemos acreditar que possuímos asas, ou que nós podemos mergulhar fundo, fundo, fundo... nas profundezas das águas negras e nunca voltar.

8 – E nós somos nós, nós mesmos. Não porque assim escolhemos o ser, mas sim por não saber como ou o que mais nós poderíamos ser.

9 – E iremos misturar nossos agora e para sempre e eternamente com eu desejaria, mas não são bom o bastante para você, -para-ninguém.
E você vai odiar isso, mesmo se da primeira vista você ignorar este fato.
Porque você talvez seja realmente capar de nos dar amor, mas todos nós só poderemos te dar algo que não faz o menor sentido.
Eu poderia finalizar dizendo que existe muitas-razões-sobre-o-porque-você-não-deveria-amar-um-poeta, mas eu desejo que você me ame, portanto... eu não irei dizê-las a você.
 
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 Imagem -Why?by ~WhiteSpeed

Tradução livre do texto - http://browse.deviantart.com/literature/?qh=&section=&q=nine+reasons#/d2gg3tc